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01 October 2008

Expressões Temporais

Meu primeiro contato com a “arte” surgiu na infância. Sem saber a respeito, fiz a matéria de Educação Artística, obrigatória em todo o Ensino Fundamental. As aulas eram sempre animadas, porém, nunca levadas a serio. Na maioria do tempo, nós alunos tínhamos que expressar o nosso lado artístico desenhando, pintando, recortando ou colando. Pena que não foi fotografando desde aí.

Na minha adolescência, tive a oportunidade de fazer vários cursos. Fiz aulas de teatro, pintura em tela à base de óleo e até aulas de desenho com o método “Desenhando com o Lado Direito do Cérebro”. Ao mesmo tempo, no segundo grau, fazia como disciplina curricular a matéria “Artes Visuais” que além de despertar o meu interesse pela história da arte, fez com que me engajasse nesse mundo maravilhoso de imagens, expressões e sentimentos. Sabendo valorizar diferentes técnicas e artistas clássicos e contemporâneos.
Mas foi caindo, quase que de pára-quedas, no curso de Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, na Universidade Católica de Brasília (UCB), que me apaixonei pelo mundo da comunicação e, claro, a fotografia. Foi exatamente no primeiro semestre de 2004, meu segundo semestre na faculdade, é que tive contato com ótimos professores, que além de me ajudarem a “ver” o mundo de outra maneira, me incentivaram a valorizar, apreciar e avaliar novas formas de “arte” que me apareciam, como a fotografia. São eles: André Luís Carvalho em “Introdução à Fotografia”, hoje orientador deste trabalho; Luiz Carlos Iasbeck, da matéria “Comunicação Integrada”; e Newton Scheufler com “Elementos de Estética em Comunicação”.

A fotografia foi me apresentada pelo professor André Luís Carvalho. A primeira máquina semi-profissional que usei, disponibilizada na aula de “Introdução à Fotografia”, foi a Pentax. Com ela pude brincar com o obturador e a velocidade, até então desconhecidos por mim, e assim cliquei as minhas “primeiras” fotos, como forma de expressão e criatividade, usando a técnica, o conhecimento e sensibilidade na construção de uma narrativa fotográfica.

Lembro-me muito bem que as aulas despertaram-me interesse em querer saber sempre mais. Comecei a aprofundar no assunto. Comprei uma câmera, fiz um curso de fotografia profissional, assisti voluntariamente mais uma vez a matéria “Introdução à Fotografia”, trabalhei com fotografia e ainda monitorei uma turma de “Fotografia Publicitária”.

Com a minha paixão declarada pelo ato de fotografar, meu tema de projeto final não poderia estar relacionado com outra coisa. A princípio iria realizar um portfólio diagramado por mim com fotografias de minha autoria. Mas não querendo ser egoísta, e nem tanto egocêntrica, resolvi desenvolver um portfólio dos alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília a fim de reunir e catalogar as melhores fotografias dos alunos que se dedicam ao prazer de captar e fixar imagens.

Um portfólio é um conjunto de bons trabalhos, além disso, pode servir também como um registro histórico, por exemplo das fotografias produzidas na UCB. Pensando nisso, desenvolvi o livro * Expressões Temporais * - Portfólio 2008, incentivando os alunos a valorizar a fotografia como um trabalho que merece ser visto, divulgado e publicado. E essa é exatamente uma das propostas desse projeto de final de Curso: que os estudantes de Comunicação possam inscrever seus trabalhos fotográficos e participar, gratuitamente, de um concurso que irá eleger os melhores exemplares para compor uma mostra do que se produz em nossa Universidade.